VENHA VOAR COM A GENTE
Adriano Gomide
2004/2005
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A proposta do trabalho toma emprestado o slogan – VENHA VOAR COM A GENTE – de uma antiga propaganda de uma companhia aérea norte-americana, justamente para fazer um contraponto à liberdade implícita na propaganda da empresa. Eles “garantem” um voo tranquilo, mas não prometem nada quanto ao tratamento na imigração. Na performance VENHA VOAR COM A GENTE, por operar no campo simbólico, a satisfação é garantida. O participante é fotografado três vezes ao lado dos balões cheios de gás (com a utilização de uma máquina instantânea tipo Polaroid). Feito isso, a imagem do/a participante registrada em uma fotografia instantânea é atada a balões de gás e poderá voar livremente e sem destino certo.
Amar é rasteira na rua.
Aldene Rocha
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Chinelo de borracha e pregos.
Dimensões 21cm X 23cm
A rua é o palco de encontros inesperados e intensas sensações. É nesse espaço caótico e imprevisível que a vida se desenrola, e onde nossos sentimentos podem ser surpreendidos de formas diversas. Assim como o amor, uma rasteira no meio da rua pode surgir de maneira repentina e nos deixar desequilibrados. Basta gingado e um prego no chinelo para nos mantermos de pé. A rua também é um espaço onde pessoas de diferentes trajetórias se cruzam, onde as emoções humanas são expostas e compartilhadas. Nas ruas, podemos experimentar a alegria de um reencontro, a ansiedade de um primeiro encontro, ou a tristeza de uma despedida. Assim, a rasteira na rua nos pegar desprevenidos. A banda na calça sem o devido preparo nos desafia a lidar com o inesperado, a reconstruir nossa estabilidade e a encontrar novos caminhos. E, de certa forma, é nesse equilíbrio instável que encontramos a beleza e a complexidade da vida nas ruas da cidade, onde cada encruzilhada pode esconder um novo encontro, uma nova sensação, e até mesmo uma rasteira inesperada que nos ensina a cair e a nos levantar novamente.
Whispers To Myself: Uma Exploração Poética da Solidão e da Ressignificação em Tempos Pandêmicos.
Ana Claudia Marra
2021/2022
METAVERSO || METAVERSE
Este trabalho nasce da vontade de compartilhar um sentimento, até mesmo, um certo incômodo trazido pelo “novo normal” de uma época pandêmica. O isolamento provocou o afastamento do outro, nos tirou a possibilidade de ir e vir como bem entendíamos e, ao mesmo tempo, nos fez repensar e refletir sobre nossos atos, nossa conduta com os outros, com os animais, a natureza, enfim, com o mundo! Whispers To Myself fala sobre a solidão e sobre um lugar que possibilite um diálogo mais profundo com seu próprio eu e, talvez assim, possamos encontrar um equilíbrio e uma ressignificação dessa nova relação com o tempo, com o espaço e consigo mesmo.
AMAZÔNIA E ARTE EMERGENTES
Ana Cunha
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A exposição reúne situações EMERGENTES em torno da ÉTICA e da ESTÉTICA, em trabalhos que abordam o impacto das mudanças climáticas sobre a vida em nosso planeta e que digam respeito ao ANTROPOCENO, ECOSSISTEMAS, POVOS e TERRAS INDÍGENAS. O projeto é uma realização do MUSEU.XYZ, em parceria com o Laboratório de Arte Espectro Neural – LArtEN, sob a curadoria de Luiza Helena Guimarães e Marlus Araujo. Venha fazer parte deste movimento pela ética e sustentabilidade. Acesse: amazonia.museu.xyz.
Carpinteira: máquina de venda de lágrimas
Ana Moravi e Artur Cabral
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A capitalização das emoções ou economia dos afetos que atravessa dimensões não verbais e não conscientes da experiência do corpo em conceitos como sensação, percepção, atenção, escuta e memória, para revelar processos do mundo como totalidade viva. Pensar os limiares biotecnológicos e pós-pandêmicos, lendo o trauma pela cicatriz, carpideira é uma máquina de venda de lágrimas para encomendação dos corpos. Diante de contextos permanentes de traumas e ausência de luto coletivo, a Carpideira revisita o universo das “vending machines” (das máquinas paroquiais de Heron que distribuíam água benta, aos jukeboxes nos bares de esquina), um convite para investigar cosmopoéticas sonoras e desfazer a história em sonho primitivo, transmutar a angústia além da cisma do pensamento e do além-mundo e, por não reconhecer limites entre mundos, permanecer fiel à terra.
Tasting Time: 11 o’clock
Ana Paula Lourenço
2021
METAVERSO || METAVERSE
A vídeo-performance é uma celebração de mudança de fase, um estágio na prática processual contínua de cultivo da própria imagem da artista em paralelo com o cultivo de outro ser num encontro completamente intrincado. É uma junção dos diferentes modos de existência numa transmutação do humano (a representação da minha própria imagem) com o outro-que-humano (aqui uma Portucala oleracea) para promover a biodiversidade dentro do nosso sentido de self, de identidade. A vídeo-performance foi realizada a partir de uma pintura como uma estratégia de dar forma as ações da experiência de viver e estar juntos, de nos cultivarmos mutuamente, ao mesmo tempo, mas ainda assim mantendo as nossas diferenças. No vídeo, a artista come as flores que desabrocham às 11 horas, realizando assim a ação de “saborear o tempo” através desta relação multiespécie cultiva em suas obras. Ao final de 9 meses de cultivo, a artista experimenta o sabor de sua obra. Uma prática de compreensão do processo de individuação relacionado à sinergia constitutiva com outros seres vivos e com o ambiente, sem implicar uma separação rígida entre o eu e o outro (outros inorgânicos também), já que nem as plantas negam o seu ambiente.
Fotossíntese
Ana Paula Lourenço
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Fotossíntese é uma pintura viva. Um autorretrato da artista pintados com a técnica de encáustica, tinta à base de cera de abelha, que também opera como um jardim vertical de PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Olhar esta obra é observar o desenvolvimento e coevolução entre espécies distintas: as beldroegas imbricadas na imagem do rosto humano.
A VIDA É DEVORAÇÃO
Andre Araujo
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A produção artística de Andre Araujo articula-se nas mais variadas linguagens como pintura, escultura, gravura, vídeo, animação, instalação, performance, livro de artista, fotografia, arte digital e pesquisa acadêmica. Andre Araujo tem a contaminação de gêneros inserida em seu trabalho, onde as diferentes linguagens e suportes dialogam e se contaminam. Em sua pesquisa em artes, transita entre a prática e a teoria, escrevendo artigos, participando de congressos internacionais e ensinando na Universidade. “A prática suscita o pensamento e o pensamento embasa a prática, num trânsito ininterrupto.”Sua pesquisa também vem das ruas, do movimento punk, e também dos anos de trabalho em agências de publicidade, Tvs e produtoras de vídeos, o que influenciou sua obra que apropria elementos do design e das mídias eletrônicas. Hoje o artista vive e trabalha em Belo Horizonte, no Brasil. Vem realizando anualmente exposições no Brasil e no exterior, como nos Estados Unidos, Portugal e Alemanha. Andre Araujo nasceu em maio de 1965. Artista e pesquisador, é graduado em Artes Plásticas pela Escola Guignard – Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG e doutor em Estudos de Linguagens pelo Cefet-MG.
ONDAS SONORO/LUMINOSAS METAVERSO/2
Aquiles Burlamaqui e Laurita Salles
2024 (versão 2 da obra)
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O projeto envolve a gamificação de um espaço existente em simulacro, acessando-o a partir de um espaço real. A obra configura um espaço virtual compartilhado multiusuário representando uma galeria de arte em 3D similar à Galeria de Arte do Departamento de Artes da UFRN/Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Trabalha um imaginário vinculado a essa galeria de arte, através de uma lógica interativa e de jogo, propondo fases, eventos e diálogos em uma sequência de três roteiros subsequentes. São eles: roteiro 1, Palavras; roteiro 2, Texturas; roteiro 3, Zumbis. Dentro de cada roteiro temos a sequência ou ordem do que acontece são expostas na ordem em que devem acontecer. Os usuários podem movimentar-se pela galeria e também seu próprio corpo, além de manter interações com o ambiente e áudio. Há ainda uma trilha sonora com acessos interativos e arranjos sonoros. Envolve um trabalho interdisciplinar e coletivo.
Corpo-inço II
Audrian Cassanelli
2022
METAVERSO || METAVERSE
Minha fotografia assim como meu corpo é híbrido, passível de alterações, contaminações e toda sorte de interferências. Minha fotografia busca ser ela própria um inço, seja por seus processos que carregam traços do real para o virtual, seja pela edição das imagens realizadas por mim, ora sobrepostas em inúmeras camadas que mesclam inços a meu corpo, deformações em minha imagem corporal, espelhamentos, e toda a sorte de possibilidades que a edição de imagens digitais possibilita. Corpo-inço é um corpo-resistência à heteronormatividade compulsória a qual somos convocados a resistir. Aqui, a potência vegetal, imbricada ao meu corpo, apresenta seres metamorfoseados pelo autorretrato fotográfico que se configuram como manifestação de um corpo da mesma natureza. Um ato de enfrentamento poético aos campos de soja, um enfrentamento a meu pai, ao abandono, as práticas das monoculturas tão características do oeste catarinense e tão recorrentes em minha infância. Uma celebração a resistência dos inços, das identidades desviantes; enfim, uma celebração ao que insiste em existir.
Na volta a gente compra
Bruna Mazzotti e José Lourdes
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Na volta a gente compra” é uma performance que questiona as obrigações e expectativas sociais do que se considera uma família. Realizamos essa performance no Parque Ipiranga – local em pais e mães costumam passear com os filhos – em Anápolis (GO), no dia 17 de setembro de 2023, com a colaboração do artista Diego Oliveira para o registro em vídeo.
Casa de Bonecas
Bruna Mazzotti e José Lourdes
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Um projeto de instalação interativa, feito por nós, que se utiliza de: fones de ouvido, mouse, mesa, cadeira, notebook e o jogo eletrônico The Sims 4 (Publicado pela EA Games, em 2014). Iniciamos o trabalho com o propósito de reproduzir, o mais fielmente possível: a casa em que residimos, nossos avatares, bem como aqueles que fazem jus a 5 gatos que convivem conosco. Assim, também recorremos aos seguintes complementos do jogo: “Gatos e Cães” e “Dia de lavar as roupas” (EA Games, 2017; 2018). Após a manipulação digital, intencionamos que o trabalho seja jogável em exposições.
Grotescos Digitais
Brunno Coura
2022/2023/2024
METAVERSO || METAVERSE
“Grotescos Digitais” se resume ao conjunto de pinturas digitais realizadas pelo artista Brunno Coura (Brasil), nas quais o fenômeno artístico grotesco é explorado em conjunto com a investigação plástica da pintura digital. O Fenômeno em si é vasto e dinâmico, por tal motivo, o artista não busca uma categorização ou uma definição do grotesco, mas sim a exploração de experiências plásticas no âmbito digital, esse do qual a transicionalidade do indivíduo se apresenta, tanto em termos metafísicos, quanto à própria percepção de si (corpo).
Discos Rígidos – peça n1 (movimento em lockdown)
Cabana
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A proposta consiste em uma videoinstalação configurada como uma transmissão ao vivo 24/7, projetada para ser exibida em um monitor de vídeo e um sistema de som estéreo (resolução de tela: 1080×1920 pixels; áudio: Linear PCM – 48000 Hz – 24 bits). A ideia subjacente a essa obra em constante evolução é que a relação dialógica entre uma cena representada por um único quadro e os sons que permeiam o espaço estereofônico associado ao media player contribua para criar um circuito audiovisual. Esse circuito permite que o espectador se conecte a uma atmosfera sonora que forma uma espécie de retrato construído a partir da combinação de diversos samples, os quais expressam diferentes dimensões de uma vivência durante o lockdown em uma área periférica do Rio de Janeiro. O resultado é uma obra plástica que reúne uma série de elementos indicativos relacionados a um conjunto de tensões presentes em uma paisagem sonora endurecida por forças macropolíticas externas. Essa experiência ocorre em um cenário isolado, imerso em um horizonte de poucas possibilidades, onde a alternativa de resistência consistia em participar de um processo simultaneamente artístico e existencial.
aigafoportna
Carina Flexor e Luciano Mendes e Maurício Fonteles
2023
METAVERSO || METAVERSE
Com o título Antropofagia ao contrário – aigafoportna –, o curta de animação, que conta com composição e arranjos exclusivos, intuito questionar o papel das tecnologias digitais contemporâneas, sobretudo aquelas atravessadas pela Inteligência Artificial. Buscando refletir sobre a condição humana e suas criações, sobretudo no que toca as relações entre humanos e IA’s, a obra, ao servir de metáfora ao suposto antropocentrismo, se faz polissêmica e ambivalente. Por um lado, a Boca, como o homem, crê em seu domínio e busca engolir tudo ao seu entorno, mas é surpreendido pela Flor, sua criação, espelho-reflexo da sua natureza, que o devora. Daí nasce a ideia do antropofágico às avessas, como uma alusão à ideia de que em um ato de comer a própria natureza/essência, o homem é surpreendido. Por outro lado, em um jogo de inversão, a Boca (representando a tecnologia) e a Flor (como símbolo do humano) carregam em si a crítica à ideia de que a tecnologia não é capaz de exercer domínio sobre o homem.
Bichinha do mangue
Carla Lombardo
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A obra explora a noção do mangue como uma rede neuronal do vivo, em contraposição a AI como uma rede artificial. Por uma parte surge a pergunta sobre o vivo e como traduzir o desejo. Por outro lado, a geração de milhares de imagens-mercadoria (cujo imperativo é sua exposição e acumulação) é explorado na sucessão de imagens brilhantes que não deixam de nos seduzir. Questiona-se também a tirania da visibilidade, o desejo por se transformar em imagen, e a obrigação de compartilhar nas redes sociais.
TOQUE
cAt
2017
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Toque” é uma obra de arte interativa realizada pelo grupo cAt (ciência/arte/tecnologia), sediado na UNESP (Universidade Estadual Paulista), em São Paulo, Brasil. A peça foi concebida no contexto da Arte-Tecnologia e trata da não utilização de computadores e outros artefatos tecnológicos complexos, baterias ou energia eléctrica distribuída por fontes regulares, preservando os principais aspectos das obras de arte digitais interativas, nomeadamente a utilização de tecnologia, interação do público e abordagem sistêmica, além de discutir assuntos de sustentabilidade. O sistema interativo da obra é composto por célula Peltier, motor vibrador, e gelo.
Pong_Guignard80Anos
Celso Lembi
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Pong_Guignard80Anos é um jogo comemorativo em homenagem aos 80 anos da Escola Guignard que também celebra os 52 anos deste lendário game lançado pela Companhia de videogames Atari. O jogo faz uma releitura do game original de tênis de mesa, com gráficos bidimensionais, que marcou o início da aventura eletrônica dos videogames. No jogo a imagem da bola de tênis foi substituída por retratos digitais pixelart dos professores que atuaram na Escola Guignard ao longo dos últimos anos. Um banco de dados contendo essas dezenas de retratos dos professores é utilizado e a cada rebatida, a bola de tênis / retrato é trocado aleatoriamente exibindo a imagem do professor e apresentando seu nome na tela.
O Sabor Delicado do Nada
Ciberpajé e C.N.S
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O Sabor Delicado do Nada é uma videoarte em animação em rotoscopia digital e rede neural. Sua narrativa visual parte da captação de imagens do Ciberpajé realizando um ritual mágicko de posismo no contexto do universo transmídia da Aurora Pós-Humana, encenando uma batalha consigo mesmo, contra os seus dilemas e demônios interiores. Sobre elas realiza-se um processo de animação digital em rotoscopia acrescida de trechos animados produzidos a partir de referências simbólicas a totens xamânicos e ao conceito de tecnognose que servem como influência direta para a criação da sonoridade da música produzida por Alan Flexa. As animações foram criadas alimentando o sistema de inteligência artificial com mais de 300 artes originais do Ciberpajé. A obra trata de forma onírica, simbólica e metafórica os conceitos transcendentes propostos no aforismo que gerou a música. O aforismo recitado pela voz do Ciberpajé faz conexões metafóricas com o tratado militar A Arte da Guerra, de Sun Tzu, mixando os seus conceitos à busca do equilíbrio interior presente no Tao-Te King, de Lao Tzi, e conceitos retirados do Livro dos Cinco Anéis, atribuído ao lendário samurai Miyamoto Musashi. A videoarte traz uma visão metafórica do posicionamento estoico do magista Ciberpajé.
O Espelho
Cíntia Badaró e Vinicius Alves
2021
METAVERSO || METAVERSE
Uma empreendedora totalmente dependente de redes sociais e da constante aprovação dos outros se vê sozinha e sem contato com o restante do mundo. Nessa adaptação do conto homônimo de Machado de Assis conhecemos um pouco da história dessa mulher, suas teorias sobre a natureza da alma humana e seus devaneios na quarentena. A cena, gravada em 360°, possibilita que o público desbrave o cenário conhecendo um pouco mais da casa e deduzindo sobre o cotidiano da personagem.
Bold Glamour
Coralina De Sordi
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Bold Glamour discute questões que dizem respeito à utopia de uma autoimagem ideal, a qual se altera constantemente, atravessada pela digitalização do ser. O título refere-se ao famoso filtro da plataforma Tik Tok, o qual viralizou por sua chocante alteração da face do usuário por um rosto enquadrado no atual ideal de beleza. Com isso, o trabalho traz questionamentos sobre uma autoimagem distópica que tenta se adequar a partir da construção de uma identidade virtual ideal.
Afrofuturisticamente
Cris Moreira
2024/inédita
METAVERSO || METAVERSE
A obra é uma pintura digital que retrata Mariaana, uma adolescente afro-brasileira, após enfrentar preconceitos e humilhações. Em um sonho mágico, ela conhece a deusa africana Kimbyambya, ligada a um clã de guerreiras que manipulam os ventos. Kimbyambya simboliza a transformação e a liberdade das borboletas. Mariaana, ao absorver as características da deusa, torna-se a personificação do empoderamento da mulher negra. A obra celebra a resiliência, a força da diversidade e a conexão entre a ancestralidade e a natureza.
Kimbyambya – Borboletas de Mariaana
Cris Moreira
2024/inédito
METAVERSO || METAVERSE
A obra é uma pintura digital que retrata Mariaana, uma adolescente afro-brasileira, após enfrentar preconceitos e humilhações. Em um sonho mágico, ela conhece a deusa africana Kimbyambya, ligada a um clã de guerreiras que manipulam os ventos. Kimbyambya simboliza a transformação e a liberdade das borboletas. Mariaana, ao absorver as características da deusa, torna-se a personificação do empoderamento da mulher negra. A obra celebra a resiliência, a força da diversidade e a conexão entre a ancestralidade e a natureza.
Fitas Ancestres
Cris Moreira
2024/inédita
METAVERSO || METAVERSE
A Obra FITAS ANCESTRES é uma pintura digital afrodiaspórica que mergulha nas raízes da ancestralidade africana. Com uma composição que destaca o amanhecer na praia, fitas do Senhor do Bonfim balançando ao vento e uma máscara que evoca a religiosidade ancestral angolana, ela incorpora elementos naturais, representados por plantas que se assemelham a cabelos, simbolizando a emergência de inteligências divinas compartilhadas com a humanidade. Nos quatro cantos do quadro, girassóis representam a busca pela luz em todos os cantos do mundo, transmitindo uma mensagem de esperança e iluminação. O título sugere uma conexão direta com as fitas do Senhor do Bonfim, evidenciando a ligação espiritual com as tradições ancestrais. A obra como um todo celebra a espiritualidade, a busca pela compreensão das raízes e o compartilhamento da luz e sabedoria que emanam das culturas africanas, transcendo fronteiras e iluminando o mundo.
kemetimagination
Cris Moreira
2024/inédita
METAVERSO || METAVERSE
Kemetimagination é mais que uma pintura digital; é um épico apaixonante que une as tradições da realeza angolana com a grandiosidade do Antigo Egito. No centro, um sobá angolano, vestido em branco puro e colares reais, representa a conexão entre passado e presente. A paisagem de pirâmides, árvores exuberantes, pedras antigas em tons vibrantes e o símbolo adinkra adicionam uma camada espiritual e mística. A inteligência artificial, sutilmente incorporada na composição do sobá, confere uma dimensão moderna à narrativa, tornando esta obra uma dança fluida entre o tradicional e o contemporâneo. Kemetimagination é um convite apaixonado para celebrar a diversidade, honrar as raízes e mergulhar em nossa própria jornada, onde a arte se torna uma expressão viva de conexões profundas.
Mukongotech
Cris Moreira
2024/inédita
METAVERSO || METAVERSE
“Mukongotech” é uma epopeia visual que transcende eras, entrelaçando a tradição caçadora angolana com a vanguarda tecnológica. A inteligência artificial colabora na caracterização do caçador, ponto central da obra, fundindo a força ancestral com a inovação. Na moldura modernista, o caçador angolano olha-nos com olhos que transcendem o tempo, convidando-nos a explorar as camadas da tradição e revolução digital. O sol poente e a pele do leopardo ao fundo simbolizam a fusão celestial, enquanto plantas exuberantes ecoam o adentrar das matas. “Mukongotech” é um testemunho do amor pela arte e pelo povo diaspórico, traduzindo a riqueza da tradição em uma linguagem fluida que celebra a resiliência ancestral e projeta-se no futuro. Cada pixel é um versículo, cada algoritmo, uma melodia na sinfonia do eterno renascimento.
Afrofuturo musical em diáspora afro brasileira
DJ Pedro TH
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Com a intenção de conscientização racial, o projeto visa o resgate de sonoridades, ritmos, gêneros, subgêneros e demais sonoridades africanas(Afrobeat, Amapiano, Kuduro, Rumba, Kwaito, etc), afrobrasileiras(Funk, RAP, Samba, MPB, Djongo, Maracatu, pontos de terreiro e etc) e suas diásporas pela música eletrônica ( Tecno, House, Deep House, minimal tech, minimal prog, progressive, Prog Dark, Full on, Full on Groove e etc) e suas vertentes através da mixagem sonora feitas em programas com equipamentos de mixagem por exemplo: CDJ ou DDJ (controladora ). Tendo em vista a imensidão territorial/cultural do Brasil e de África imagina-se o quão vasto é a riqueza musical de ambos os países ou seja, o objetivo do projeto audiovisual é visibilizar e fomentar a arte e a música periférica através da gravação da apresentação por programas de mixagem e filmagem da apresentação com câmeras e edição do vídeo mostrando costumes, vivências e culturas africanos e afrobraseiros, resultando em um resgate de cultura, dos antepassados, de vivências, mantendo viva a resistência do movimento e das causas negras.
Quero matar todas as borboletas que moram em mim
Dora Golfeto
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O livro de artista “Quero matar todas as borboletas que moram em mim” nasce de uma coletânea aleatória de imagens e textos, signos e pensamentos que estavam presos dentro de um caderno antigo. Ideias sobre o amor e a mente, e sobretudo a dor física de amar demais, transportados para a figura da borboleta, um inseto efêmero na natureza, que tem uma vida média de 3 semanas do primeiro voo até a morte. Essa trajetória intriga, já que é tão curta sua passagem na terra, se comparada a da vida humana. Das coisas tristes, uma delas é saber da durabilidade das coisas. Muitas borboletas nascem e morrem todos os dias dentro de mim, e se eu matar todas elas no fim eu sobrevivo?
AIꓷOႱ
Fabio FON
2023
METAVERSO || METAVERSE
AIꓷOႱ é uma obra de web arte que faz referência ao legado histórico de JODI, dupla composta por Joan Heemskerk e Dirk Paesmans que realiza criações em net art desde os anos 1990. Esta referência é empregada para investigar as dinâmicas de assimilação estética operadas através dos sistemas recentes de Inteligência Artificial. AIꓷOႱ (AI+JODI) é composta de páginas HTML cujos códigos-fonte foram integralmente escritos por um sistema GPT, com o objetivo de criar experimentos inspirados em JODI. O método de interação com o robô é resumido em: primeiro, pede-se sugestões de experimentos inspirados nas criações da dupla; logo em seguida, pede-se um código HTML com base em uma dessas sugestões. Operando de forma similar aos sistemas de IA de texto para imagem, o robô cria experimentos que genericamente forjam um “estilo artístico” de Joan e Dirk. Em um olhar mais atento, percebe-se como o caráter incisivo, potente e tecnologicamente visceral que caracterizam as obras da dupla é suavizado e contido – reduzido em padrões visuais – resultando em uma reflexão acerca das dinâmicas das IAs sobre as dimensões mais disruptivas da arte. O trabalho pode ser acessado no endereço https://www.fabiofon.com/aidoj.
Piranha Teeth
Fredé CF
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O EP “Piranha Teeth”, de Fredé CF integra o universo ficcional onírico transmidiático de MekHanTropia, criado pelo autor durante o seu Doutorado em Arte e Cultura Visual pela UFG. No contexto da narrativa transmídia, o artista se expressa para além das fronteiras sonoras com um conto pós-mekHanTrópico [“A Jornada de Doktor Fritz em MekHanTropia”] e um artezine [“Pós-MekHanTrop(IA)”]. A história, que se desdobra através dessas diferentes linguagens e mídias, se entrelaça com as faixas do EP musical criando uma narrativa multifacetada que dialoga diretamente com a poesia e com as ambientações sonoras contidas na obra (toda criada e realizada pelo smartphone de maneira “do it yourself”, assim como todas as obras que integram o universo de MekHanTropia).
“The Black Dog walks at Night”
Fredé CF
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Curta-metragem DIY poético-onírico ficcional.
Parte integrante do universo transmídia “MekHanTrop(IA)”, de Fredé CF.
Doutorado em Arte e Cultura Visual – UFG
F.Oak Criação Transmídia 2023
Arte experimental e colaborativa
Participações especiais e colaborações: Rosa Berardo, Edgar Franco (a.k.a. Ciberpajé), Brunna Nastassia, Fernão Carvalho, Jordão Vilela e Laico (como o “Cão Breu”).
Sinopse: Os cidadãos de MekHanTrop(IA) nunca dormem de maneira profunda, para que não possam sonhar. Dormir é imoral, uma vez que o sono é um limite ao consumo e, pelos sonhos, podemos nos autoconhecer e nos subjetivar. Jornada onírico-filosófica entre as realidades validadas, virtuais e vegetais. ReNaturalização. Cão Breu versus MekHanTropia.
Carrossel
Geraldo Loyola
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Instalação em formato integralmente físico, criada com a junção de materiais e dispositivos destituídos das suas funções originais (motor de girar árvore de natal, guarda-chuva, bacia e haste de alumínio), como suportes para produção e apresentação poética relacionada à concepção conceitual do evento, associando vida – ainda que na dimensão da quimera – com tecnologias contemporâneas, neste caso, tecnologias de gambiarra.
Tapetes não voam
Giovana Domingos
2022
METAVERSO || METAVERSE
Esta videoperformance pertence à uma série de três obras que compõem uma pesquisa poética de mestrado em Artes Visuais finalizada no ano de 2023. Como o período de sua realização deu-se na pandemia de covid-19, a construção do trabalho ocorreu por vias de isolamento em conexão com a tecnologia, gerando então o conceito de videoperformance. Nesta obra, a artista se desloca por uma região litorânea brasileira a interagir com um objeto inanimado e descentralizado de sua função principal. Aqui, são abordadas questões políticas do entrelaçamento entre arte-vida como modo de criação performática, aproximando a relação Oriente/Ocidente e fazendo refletir sobre relações de poder entre Norte/Sul do globo.
Projeções sobre a pele
Giovanna Pizzini
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A proposta “Projeções sobre a Pele” busca mergulhar na interação entre arte, ciência e tecnologia, explorando por meio de uma perspectiva das artes visuais, a materialidade do scoby (cultura simbiótica de bactérias e leveduras), material do qual pesquiso e desenvolvo meu trabalho, traçando paralelos com os processos dialéticos do corpo e da vida. Nessa série discuto as projeções humanas sobre possíveis corpos dentro de um olhar físico e psíquico. A experiência proposta visa questionar a fronteira entre o eu interior, a pele que nos separa do mundo exterior e as fronteiras entre as relações externas, provocando reflexões sobre identidade, efemeridade e vida.
Servidão de passagem
Guilherme Paoliello
2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
servidão de passagem é um vídeo experimental elaborado pelo Grupo de Estudos em Música Contemporânea da Universidade Federal de Ouro Preto, projeto de extensão que acolhe processos de criação a partir da música contemporânea ou experimental em diferentes formas de diálogo com outros meios artísticos. No caso deste vídeo partiu-se do poema servidão de passagem, de Haroldo de Campos, escrito em 1961, como elemento unificador das ocorrências verbivocovisuais.
Bio-valve Intelligence
Helena Hernández-Acuaviva e Emiliano González Herrer
2023
METAVERSO || METAVERSE
A inteligência artificial tem crescido vertiginosamente nos últimos anos, mostrando-se cada vez mais precisa e vantajosa em nossas vidas. Ao mesmo tempo, o ser humano parece estar se distanciando de toda essa riqueza de conhecimentos práticos e teóricos que o ambiente natural nos proporcionou ao longo da história: deslizando freneticamente pelas telas e estímulos do mundo digital. A partir daí, Helena Hernández-Acuaviva e Emiliano González Herrer propõem um trabalho baseado na interação entre “inteligência biológica” e melhorias tecnológicas. Projetos como o Robocenose, da pesquisadora Wictoria Rajewicz (Universidade de Graz) propõem soluções biohíbridas, baseadas na combinação de elementos orgânicos e tecnológicos, como o de bivalves que atuam como sensores de qualidade da água para abastecimento humano. Os autores da peça pensam metaforicamente nessa ideia, como uma solução utópica, com organismos que atuam como filtradores daquele conteúdo audiovisual de pouca base científica que abunda nas redes sociais e que envenena nossos pensamentos, nos levando a uma interpretação equivocada da realidade.
PIANO CONSERTO
Henrique Vaz
2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Para um sintetizador microtonal de luteria propria baseado em “modulação por largura de pulso” + gerador ADSR (ATmega 328), CIs “TLC555CP/LMC555CN/LM555CN” (falantes de 3″-4Ω-3W) e vídeo embarcado.
PNEUMA
Henrique Vaz
2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Uma investigação sobre a cultura da sanfona, instrumentos pneumáticos e aerofones de interruptiva idiofônica no nordeste brasileiro. Instrumentação: “realidade espacial aumentada”, visualização de dados, sanfona, sistema modular e algoritmos.
De Naturae Natura
Henrique Vaz
2020
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“De naturae natura”, para dispositivos de escuta de campo eletromagnético e algoritmos, ensaia o “natureza dos modelos”, os “modos de natureza”, a “natureza como módulo” e as concepções idealísticas das naturalidades das naturezas. O campo eletromagnético capturado dos becos de Recife é processado em tempo real com suporte de um compilador de C++um servidor de áudio.
Raiz D’água
Iasmim Alice
2020
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Raíz D’água é um material audiovisual, contemplado pela Lei Aldir Blanc, Edital nº 14/2020- Edital de seleção de bolsistas para áreas artísticas, técnicas de produção cultural, Secult BH. Na obra audiovisual investigo a (auto) biografia em cena em conexão com um dos mitos fundadores do Congado mineiro, a história de Nossa Senhora do Rosário nas águas. Danço a água, vivo a fluidez da água, performo uma rainha das águas – um arquétipo que tem como característica um ser místico e ao mesmo tempo real, como se representasse a figura de um ser ancestral e ao mesmo tempo uma projeção, uma autoimagem.
rainforest
Jacqueline Cohen
2021
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
As filmagens fragmentadas de paisagens da floresta
tropical a partir de telas são reflexo da
posição de grande parte dos brasileiros
frente à natureza de seu país. Longe do que
acreditam os estrangeiros, o Brasil, como um todo, não convive nem experimenta diariamente suas
florestas. A realidade, no entanto, é de
destruição e exportação das riquezas
nacionais.
Péformance 2024 -performances feitas com os pés
João Vilnei
2024/inédita
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Em março de 2018, fui diagnosticado com uma hérnia volumosa na lombar, entre as vértebras L5 e S1. Os três ortopedistas que viram a minha ressonância magnética foram unânimes: em casos como o meu, a recomendação seria operar. Imediatamente. Não operei. Desde 2018, trato com fisioterapia, pilates, analgésicos, acupuntura e alongamentos uma condição física que me limita os movimentos e faz-me sentir dores constantes no pé esquerdo. O nervo pressionado, na altura da lombar, distribui a dor por toda a perna, sendo o pé à zona mais dolorosa. Perdi força e músculos na perna, que afinou depois da crise de 2018 e não deve voltar ao que era antes disso. Tenho, com alguma frequência, espasmos que não controlo, em diferentes partes da perna. Desde 2019 comecei uma série de vídeos intitulada “Péformance 2024 – performances feitas com os pés” que apresenta, no meu canal do Youtube, imagens despretensiosas dos meus pés fazendo o melhor que podem para serem meus pés.
Quilombismo Ancestral e Contemporâneo 3D por meio de Práticas Computacionais
Jorge Ferreira Franco
2023
METAVERSO || METAVERSE
Quilombismo em 3D, por meio de práticas computacionais, é uma obra que integra saberes de base ancestral e digital. Esta obra expressa um processo experimental de pesquisar como e criar ambiente digital tridimensional (AD3D) de realidade virtual (RV) que promove visibilidade de saberes ancestrais de geometria, matemática, história e artes, também produzidos e compartilhados por povos africanos, como os egípcios, ao planejarem e construírem edificações como as pirâmides. Criar este AD3D de RV tem base em usar tecnologias avançadas de produção e visualização de informação (TAPVI), acessíveis, no padrão da Web3D. Inclui aplicar procedimentos de manipulação direta de código fonte de linguagem de programação (Extensible 3D – X3D), seus algoritmos e bibliotecas de computação gráfica 3D (CG3D), possibilitando visualizar e navegar, em tempo real, a representação simbólica gráfica da narrativa escrita por meio do código fonte de programação, na forma de geometria(s) 3D.Tais procedimentos inspiram pensar a respeito de e interpretar conhecimento, de forma transdisciplinar e complexa, englobando associar o conceito de Quilombismo à apreensão/aplicação de saberes de Ciência, de Matemática, de Geometria, de Arte e de Tecnologias de base ancestral e digital que compõem algoritmos de linguagem de
programação e bibliotecas de CG3D. Além disto, potencializam aprimorar habilidades
cognitivas e técnicas dos indivíduos, por meio de estimular seu comprometimento com
trajetórias sustentáveis de (re) apropriação, aprendizagem e utilização de antigas e novas
formas e técnicas de Escrevivências.
Autorretrato daqui 100 anos
Júlia Otero
2023
METAVERSO || METAVERSE
Este trabalho é uma reflexão filosófica sobre a morte e o que pode existir depois da finitude da vida. Para isso, trazemos conceitos iorubás de ancestralidade e resgatamos a história da matriarca da família, que foi fonte de diversos outras artes em linguagens variadas (desde tinta, passando por gravura até instalação). O vídeo reúne todo esse processo em imagens e relaciona a ciência e a tecnologia com a arte do futuro, que – não raro – repete o passado. A obra pode ser exibida no metaverso em formato de vídeo dentro de uma TV virtual ou num telão virtual…. Como a produção achar melhor.
O tempero da arte no feitio da vida: movimentos de uma sapataria artesanal sob medida
Juliana Alecrim
2012-2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A exposição apresenta de forma inédita o acervo de calçados artesanais sob medida produzidos pela artista ao longo dos últimos 11 anos, descritos em minha dissertação de mestrado; as peças de roupa (calça, bermuda, e dois vestidos) cuja confecção antecedeu e inspirou o feitio das primeiras sapatas; os registros da série de performances Gravação de Raízes (Traçado Preliminar de uma Estética da Base e tecido com contornos dos pés), que se deu em 2019; e se possível uma instalação em que a artista se posta com sua máquina de costura e outras ferramentas a serviço de quem se interesse pela proposta de calçamento (o público leva o material), fazendo uma leitura dos pés e confecção de um calçado efêmero para quem deseje, em um ambiente multiarte que favoreça as interações entre artista e público.
Procura-se Helena Alberti
Larissa Campello
2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Procura-se Helene Alberti” é uma pesquisa aberta sobre a cantora de ópera norte-americana, Helene Alberti, que em 1931 vestiu suas asas e partiu para uma demonstração de voo, inspirada pelas leis cósmicas do movimento grego.
Real Time Transfobia
Leona Machado
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Real Time Transfobia é um website cujo fundo é preenchido pelo vídeo da câmera do dispositivo, sobreposto por uma legenda gerada em tempo real. Enquanto a página estiver aberta, um algoritmo tenta reconhecer e detectar todas as palavras ditas em voz alta que são marcadas por alguma flexão de gênero. Antes de exibir a legenda, o algoritmo inverte todas as palavras para o gênero oposto, sendo as inversões do masculino para o feminino marcadas pela cor azul e as do feminino para o masculino marcadas pela cor rosa. Por exemplo, se alguém diz “ele é um homem”, aparece “ela é uma mulher” com quase todas as palavras em azul, com exceção de “é”. A ideia é trazer à experiência do participante uma espécie de simulação deste constante jogo de inversões que uma pessoa em transição precisa passar tanto em suas interações com outras pessoas, quanto consigo mesma durante o processo de remodelar sua imagem no espelho. O algoritmo foi escrito em JavaScript e não guarda nenhum dado de seus usuários. Para a exibição física do trabalho, é pensada uma instalação na parede utilizando uma televisão, um minicomputador e uma webcam com microfone, sendo necessário acesso à internet.
Gone to Water – Chapter 4 Los Cerritos Wetlands
Love Death Design
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Gone to Water” é um documentário de realidade virtual que revela o maior local de perfuração de petróleo urbano nos Estados Unidos – Los Angeles, Califórnia – Terra Tongva. Mais de 3,8 milhões de residentes de LA vivem a menos de um quarto de milha de um poço de petróleo, com comunidades de cor sendo desproporcionalmente afetadas. Populações que vivem perto de locais de produção de petróleo estão expostas a níveis tóxicos de contaminação – os residentes estão sendo envenenados onde vivem. Dividido em quatro capítulos independentes que apresentam diferentes bairros no sul de Los Angeles, “Gone to Water” destaca residentes na linha de frente da injustiça ambiental. Apresentando no Labfront 2024, os Los Cerritos Wetlands (Capítulo 4) engajam com perspectivas indígenas sobre o cuidado com a terra. Os espectadores embarcam em um barco de madeira e deslizam pelos pântanos, testemunhando a degradação da água e da terra causada por anos de extração de petróleo, narrada pela anciã tribal Rebecca Robles. Apresentando a perspectiva indígena através da narrativa imersiva, “Gone to Water” confronta os espectadores com os impactos das indústrias extrativas e inspira ação urgente para proteger nossas comunidades e recursos naturais para as gerações futuras.
A marcha das utopias: Oswald e Tarsila vão pra marte em um Tesla ouvindo Raquel de Queiroz, Mário de Andrade e Mary Pedrosa.
Luzhim, Séllos, Apos, Cafa Sorridente
2024/inédito
METAVERSO || METAVERSE
O trabalho consiste em um jogo digital interativo em que o espectador/jogador controla um Tesla indo em direção ao planeta Marte. Uma representação de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade é, respectivamente, passageiro e motorista do carro em direção ao planeta extraterreno. Durante o trajeto um áudio de Raquel de Queiroz, Mário de Andrade e Mary Pedrosa cantando antigas cancões é acionado (https://www.scielo.br/j/rieb/a/GRNvTyFH4ybW84hs5ZqbPgM/). O jogador deve desviar de alguns obstáculos até a chegada ao planeta Marte, encerrando a trajetória do trabalho apresentado. O trabalho não está finalizado sendo apresentado aqui uma primeira versão que será aprimorada para a exposição.
Joia
Marcela Cavallini
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O enredo de Joia traz a situação de um grupo de estudantes da terceira idade que explora pela primeira vez as ferramentas do celular. Sem saberem ao certo como se virarem junto à performance da máquina, se lançam no mundo de comunicação, através do qual, também, transforma suas próprias bolhas existenciais. Ir em busca da viagem ao desconhecido implica aprender, mas também se deparar com a crueldade do ambiente da informação e da hiperconectividade. Percorrendo memórias que se avivam com o uso cotidiano do Smartphone, portanto, Jóia se revela na preciosidade do encontro entre gerações na localidade de Nova Iguaçu, tal grupo é motivado a trazer imagens, falas, sons e gestos que dialogam com a entrada das tecnologias midiáticas em seu cotidiano na baixada fluminense.
Livrídeo
Maruzia Dultra
2018
METAVERSO || METAVERSE
‘Livrídeo’ é um livro de artista digital que reúne 13 vídeo-cartas autorais, dirigidas ao filósofo Peter Pál Pelbart e denominadas, no contexto de criação, como ‘vídeo-cartas (não) filosóficas’ devido ao cruzamento poético-conceitual com que foram concebidas. Tanto o formato da obra em si (uma espécie de livro-vídeo) quanto o dos vídeos que carrega borram os limites pré-definidos das Artes Visuais e do Audiovisual, constituindo-se hibridamente. Além disso, o ‘Livrídeo’ é uma experimentação no campo acadêmico-científico, apresentada como resultado da pesquisa de doutorado da artista, em duas versões: física e online. A primeira é um carimbo-pendrive que tem como clichê uma pergunta-te se e guarda os arquivos audiovisuais a serem acessados pelo fruidor conectando o dispositivo em um computador. Já como livro de artista digital, é apresentado diretamente no site livrideo.online com as janelas de vídeo incorporadas na página e imagens da versão física para incluir o público na concepção ampla da obra, originariamente analógica e digital. Uma vez que a circulação da obra física está restrita à consulta em uma biblioteca universitária, a versão online amplia o acesso ao trabalho, ao mesmo tempo em que tenciona as Artes do Livro e do Vídeo em relação aos seus gêneros.
Interface Pré-Formática [Pre- Formatic Interface]
Mateus F. Lima Pelanda
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Interface Pré-Formática” é um trabalho de arte interativa que consiste em um sintetizador de vídeo que exibe padrões ondulatórios e psicodélicos em um aparelho televisor de tubo e que podem ser modificados por interatores. Para o desenvolvimento do trabalho, desenvolvi um sintetizador de vídeo utilizando um microcontrolador ESP32, quatro potenciômetros, dois botões de arcade, um módulo sensor de som para arduino, alguns cabos, um conector VGA, solda e uma carcaça construída a partir de processo de modelagem e impressão 3d (extrusão), que foi colorida utilizando tinta acrílica. Tal interface é conectada na tomada e a um adaptador de vídeo VGA/AV, para ser transmitida a um televisor de tubo. Na união dos elementos visuais utilizados, ao mesmo passo que busco explorar recursos estéticos ligados a imagem e participação, busco construir uma atmosfera de anacronismo e falsa nostalgia, recorrendo assim a um debate sobre hauntologia e um lento cancelamento do futuro.
CosmicAncestry
Matheus Moreno, Andreia Oliveira, Valquiria Navarro, Cristiano Figueiró, Bettina Malcomess, Bruno Yukio, Luyanda Zindela, Ingra Schmitt, Bruno Bitencourt, Thaís Oliveira, Tasneem Seedat e Renzo Filinich
2023
METAVERSO || METAVERSE
CosmicAncestry é o resultado poético de projeto colaborativo que realiza produções em Arte e Tecnologia, a partir de parceria consolidada entre artistas e pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar Interativo – LabInter/UFSM (Santa Maria, Brasil), da Universidade Federal da Bahia – UFBA (Salvador, Brasil), da Durban University of Technology – DUT (Durban, África do Sul) e da University of the Witwatersrand (Joanesburgo, África do Sul). Este trabalho, em contínuo processo, teve sua estreia como obra audiovisual no fechamento do evento EFEMERA + UVM: Festival Internacional de Música Visual Fulldome, sendo exibida neste primeiro momento na cúpula do Planetário da UFSM, associada a performance sonora ao vivo. Assim, propomos a readaptação desta versão para a exposição PANORAMA V (METAVERSO), visando o desdobramento do formato expositivo desta obra, em atual desenvolvimento e constante expansão.
Casa-Ilha
Maximílian Rodrigues
2023
METAVERSO || METAVERSE
Destaco a navegação em Casa-Ilha, lembrando da casa da avó materna quando a
visitava em uma comunidade ribeirinha na infância. Nas casas ribeirinhas, destaco
o deslocamento, o isolamento e a memória. Exploro a singularidade das casas
ribeirinhas, além da relevância da internet para compartilhar imagens de casas
isoladas, comparando a experiência de estar em um barco sem conexão à
sensação de estar em uma ilha deserta que se move, e a navegação pela web tal
como pelos rios da Amazônia
Algorítico Desritimado
Pablo Lucena
2023
METAVERSO || METAVERSE
Este trabalho intitulado Algoritmo Desritimado (2023), é um híbrido composto por fotografia e tipografia digital. Durante o período da Pandemia de Covid 19, em virtude da quarentena, uma poética foi desenvolvida na clausura de um apartamento localizado em Salvador, ponto de vista em que os entregadores de aplicativo foram fotografados. Após a captura de imagens, interferências sonoras e anamorfoses foram criadas através da computação, no entanto, com o término da pandemia, uma bifurcação aconteceu a partir do planejamento como obra em processo, uma instalação foi projetada com fotografias e letreiro digital, tendo como pressuposto, não mais a imagem simulando o movimento, mas um fluxo de imagens e palavras em movimento. Deste modo, questionamentos a respeito do fenômeno da uberização foram trazidos.
Três cabeças
Patrícia Coelho
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Três cabeças é um projeto que envolve a exibição audiovisual e a exposição de três máscaras. O vídeo foi criado a partir de fragmentos de ações cênicas e performáticas realizadas com três máscaras distintas. A criação das máscaras se deu no âmbito do mestrado em Artes na UFMG, a partir da investigação em artes relacionando os conceitos de duplo e de identidades ao mascaramento. A criação também se desenvolveu durante residências artísticas na cidade de Belo Horizonte.
Impermanência
Patrícia Siqueira
2022/inédita
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Em um mundo com milhões de possibilidades, em constante movimento, em ritmo frenético de transformação e repleto de informações, onde estamos nós? Na busca do nosso ser, do nosso núcleo, da nossa essência, da nossa maneira de ver, sentir e entender a vida, a nossa construção íntima se torna cada vez mais confusa.
Nove Modelos para o Final dos Tempos
Paulo Waisberg
Inédito
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Nove Modelos para o Final dos Tempos é uma instalação que propõe uma jornada através de nove terrários, cada uma explorando uma visão pós-humana do mundo. Esta série de ecossistemas encapsulados que reflete sobre um futuro onde a natureza e resíduos tecnologicos emergem de forma sinérgica das cinzas da civilização humana. Ao integrar fragmentos de tecnologia em meio à flora ressurgente, cada terrário representa uma especulação sobre os fosseis da humanidade em um cenário de destruição e renovação.
Meus Dados e Nossas Signos: ciranda da vida e de amores
Regilan Deusamar
2021/2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
De acordo com uma observação global do contexto de vida da sociedade humana nesta terceira década do século XXI, a vida de homens, mulheres e dos mais distintos grupos sociais está duplamente sujeitada: sujeitada à economia de dados, aquela que movimenta o mercado e a informação no âmbito virtual da internet, e submetida ao consumo dos mais variados produtos de produção industrializada. Pequenas associações artesãs bravamente sobrevivem, e são reconhecidas como produções culturais comunitárias, na sua grande maioria associações voltadas ao comércio em áreas turísticas. Nesse contexto, é fundamental considerar o que as comunidades culturais humanas estão produzindo, que seja característico de sua própria habilidade de produção econômica e de cultura material, produção consciente das próprias trocas mercadológicas e da cultura comum. Esta realização artística, portanto, tem o objetivo de evidenciar a importância das realizações artesanais como forma de conscientização a respeito do mundo material e de natureza que nos envolve, que confere suporte para a vida diária, ciente dos necessários modos de trocas mercantis e realização de sistemas econômicos comunitários, inclusive em comunidades virtuais, pois nestes contextos, sistemas de produções culturais se manifestam, e a partir deles sociedades mais igualitárias e conscientes de seus valores poderão se desenvolver.
Dança Obscura
Renata Aguiar
2020
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Uma câmara obscura sobre um tronco na praia, dentro dela uma câmera digital, que registra em vídeo a imagem projetada pelo pinhole, um buraco de uma agulha. Em frente a gambiarra minha dança em quedas: caindo e girando na areia úmida, de olhos abertos, consciente e presente na vertigem, aprendendo a cair sem colapsar, enquanto friccionando o corpo na areia grossa, o chão não permitiu que saísse ilesa. Sendo afetada pelo impacto, pela aspereza e pelos limites do próprio corpo, se daria mais uma travessia à medida que reconstruía a relação com o território, através dessas práticas performativas e performáticas, das quais restam, sobretudo, imagens técnicas feitas, no entanto, com artesania. Produzindo nessa imbricação de camadas, um corpo-território que performa uma Dança Obscura na busca de se fazer artista na relação com o mundo e com a vida.
Tempo Trem animatic
Roberta Filizola
2022
METAVERSO || METAVERSE
Este trabalho surge durante a elaboração de uma animação chamada Tempo Trem, baseada na música Ponta de Areia de Milton Nascimento e Fernando Brant, que fala sobre uma cidade, como tantas outras, abandonada à beira da estrada de ferro após o fim das ferrovias no Brasil. Relacionei o repertório desses referidos músicos, sobretudo a música já citada, com as memórias ferroviárias de minha mãe, para formular a pré-produção do curta-metragem de animação. Ao longo do processo, reuni memórias ferroviárias, presentes no cinema, na literatura e nas entrevistas que fiz, a fim de realizar o filme. Para a pré-produção, foram elaborados roteiro, designs de cenários e personagens, storyboard, que demonstra a narrativa em imagens, e o animatic, espécie de storyboard em formato de vídeo, cuja pretensão é determinar definitivamente a duração dos acontecimentos, das ações dos personagens e indicações para trilha e sound design. O presente trabalho consiste justamente no animatic que, embora seja composto por um conjunto de rascunhos, amarra o que será a produção do curta nas etapas seguintes (produção e pós).
Na Boca do Algo
Romário Batista
2019
METAVERSO || METAVERSE
Na cidade de Vila Velha ES, onde foi utilizado placar de Eucatex retirado de moveis de descartes encontrado em vias públicas pintado com tinta esmalte sintética utilizando a cor preta sobressaindo sobre a tinta acrílica branca de parede o tamanho da obra é 80 × 40 × 02.
Máquina Dançante
Roots 3D
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
A Video-Dança foi criada em colaboração entre uma artista da dança (Gissauro – Giovanna Araujo) e um artista do vídeo (Stefano Azevedo – Roots 3D). Desse modo foi desenvolvida a animação com técnica de rotoscopia e programas de inteligência artificial, retratando um ser androide desenvolvendo uma improvisação de dança freestyle.
Ikigai
Rubens Takamine
2022
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Pai e filho em um jardim de babosas. O filho (Rubens) colhe folhas de babosa para, posteriormente, passar a polpa sobre as cicatrizes nas pernas do pai (Kenji). “lkigai” é um termo japonês que descreve a razão pela qual alguém se levanta da cama todos os dias, como se fosse o “propósito de vida”.
K’iin Wóolis Káak
Sabme
Inedit / Unreleased (work process 2023 /2024)
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
K’iin; Wóolis – K ‘áak, is a reinterpretative project of the CORONAL MASS EJECTIONS of the sun, using databases generated by NASA’s LASCO ** project, with the aim of creating an audiovisual piece of generative art in real time, which is modulated by the data that have been recorded since 1996 until 2023.
Suspensus Dolor I; Suspensus Dolor II
Sandro Bottene
2021/2023
METAVERSO || METAVERSE
A série Suspensus Dolor (SD-I e SD-II) constitui-se de fotoperformances que levam em conta a experiência e a estética da dor. Tais ações poéticas integram a pesquisa de Doutorado em Artes Visuais pelo PPGART/UFSM intitulada O espinho que (trans) brota do pensamento ao corpo. No trabalho em questão, a partir da subjetividade do corpo e da ação fotografada, o contato com as aréolas de espinhos do cacto expressa tanto um caráter de beleza quanto uma sensação desagradável de padecimento. A especificidade com a planta pertencente à família das cactáceas, por sua vez, deve-se ao ofício de cacticultor. Além disso, uma vez as ações performadas à lente da câmera, cria-se um trânsito visual entre a sensação estática da imagem fotográfica com a (i) mobilidade da planta.
O amor está no ar
Sofia Rodrigues Barbosa
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“O amor está no ar” é uma instalação arquitetônica de objetos, luzes e sombras. Indica um cenário utópico investigativo sobre estruturas e construções, remete a um passado e contexto bucólico, uma praça, um encontro romântico atrelado a um local físico. O que o ambiente pode provocar naquele que o habita? As projeções dos objetos, ocasionadas por suas sombras, transformam o micro em macro, possibilitando a imersão dentro da miniatura.
Sopro-Síntese
Tainá Luize
2023/2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O trabalho consiste em um objeto interativo que explora o potencial da relação entre as materialidades têxteis e eletrônicas. O objeto é composto por um bastidor de madeira que sustenta um retalho de algodão cru com aplicações em polímero bioplástico. A peça convida o espectador a interagir, por meio da ação simples de um sopro, e experimentar a dissolução dos materiais rígidos e maleáveis no sistema. O sopro do espectador ativa o sistema, iluminando a estrutura que transforma o objeto, com base em processos encontrados na natureza, a partir da estrutura em fractal e o ritmo da luz.
SUB-ROTINA 78CA2118
Talita Florêncio e Thiago Salas e Renan Gama
2021
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
O trabalho apresenta um protocolo de ações mínimas como: vestir, despir, friccionar, aferir. As relações entre a roupa e a pele são abordadas aqui como motivo para reflexão acerca do gesto proposto por uma tecnologia material cotidiana que cumpre diversos papéis e obrigações sociais. A indumentária como objeto técnico , nos permite pensar no fato de que as tecnologias – das mais rudimentares as mais complexas – transformam nossas imagens e significantes enquanto interatores sociais, ao modo que modelam nossos gestos em repetições diárias.
“Meridianos”
Tchello d’Barros
2023
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Um Meridiano é o ponto de encontro de dois polos do planeta Terra e nos leva a pensar na responsabilidade ancestral de semear a Vida para um futuro mais consciente, natural e além-fronteiras. Pensado em perspectivas geopolíticas/geopoéticas, instiga a reflexão de nossas culturas autóctones em relação ao globalismo. Pachamama, Pindorama e Abya Yala, são algumas denominações de povos originários para terras de nosso continente sul-americano, dessa terra-mãe, terra geradora de vidas, que geram arte, que constroem identidades culturais. O videoarte Meridianos apresenta as interações tecnológicas entre 30 artistas da latinidade contemporânea, entrelaçando seus talentos em linguagens artísticas híbridas.
Série Bestiário
Thatiane Mendes
2023/inédito
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
Baseada no Livro dos Seres Invisíveis de Dorion Sagan, a série Bestiário está composta por 11 seres têxteis, recriados a partir da microfauna: celulose bacteriana, fungos, algas e tecidos pigmentados com ervas medicinais (cúrcuma, pariri, barbatimão, entre outras plantas curativas). São representações de seres microscópicos ampliados, medindo entre 50cm até 2 metros de tamanho. Possuem uma estrutura macia, preenchidos, hora com espumas resgatadas dos interiores de bichos de brinquedos infantis, hora são preenchidos com serragem mesclada com raiz de cogumelos. Trata-se de uma mistura de matérias advindas de fontes diversas: animais, vegetais e sintéticas (recicladas). Busca tornar visível a existência de micro-organismos vivos co- habitantes de nossos corpos e entornos.
Gol
Thiago José de Alcântara
2024
METAVERSO || METAVERSE
Gol é uma peça de áudio e vídeo de 1 minuto que aborda a elasticidade do tempo em que se comemora um gol, por meio da edição de uma falha de transmissão acompanhada e captada ao vivo pelo YouTube. A obra reforça a capacidade do audiovisual amplificar a vida, mesmo a partir do erro, uma vez que a realidade está à mercê dos desvios e a arte pode se abastecer disso. Gol propõe um visual abstrato para os corpos dos atletas, também a partir da edição da falha de transmissão, compondo uma proposta em que o campo de futebol e os seus participantes se fundem em linhas e outros geométricos com entradas e saídas instáveis das cenas, essas trabalhado frame a frame. Já a sua faixa de áudio é a força central para esticar o momento do gol, editada através da repetição da excitação do locutor.
Rejunte/Grout
Thiago Salas e Renan Gama
2021
METAVERSO || METAVERSE
Developed from June to December 2020, Rejunte (or Grout) is a sound-musical album conceived by Renan Gama and Thiago Salas based on improvisations performed by 11 artists at their homes and processed throughout the months of confinement provoked by the Covid-19 pandemic crisis. After their invitation, the artists Carla Boregas, Chris Mack, Lua Bernardo, Luiz Galvão, Mariana Carvalho, Nanati Francischini, Philip Somervell, Rayra Costa, Rita Maria, Romulo Alexis, and Wagner Ramos recorded their improvisations on domestic devices such as cell phones, smartphones, and portable recorders, preserving the singularities and non-homogenous acoustic characteristics of each home and each recording.
Somatória
Val Schneider
2024
FÍSICO-HÍBRIDO || PHYSICAL-HYBRID
“Pequenos Sinais Poéticos” é um trabalho em andamento desde 2023. Ele acontece quando ativado pelo público através de práticas de interferência numa instalação feita com fichários contábeis antigos, objetos, restos e resíduos coletados nas ruas e no lixo. Ele está em fase de ateliê, e a exposição coletiva será em março de 2024 (Projeto da Lei Paulo Gustavo, em Erechim-RS). Para esta convocatória CIACT, gostaria de apresentar uma das práticas desse trabalho intitulada “Somatória”. Ela é composta por uma pilha de fichas impressas, canetas e fita adesiva sobre uma mesa coletiva com cadeiras. As pessoas (público do local) poderão sentar, preencher e depois exibir a ficha, fixando-a numa parede ao lado. A ficha traz instruções para que as pessoas somem coisas que seus corpos/corpas carregam no dia, enquanto relembram suas relações e afetos com essas coisas (roupas, tatuagens, acessórios, camas, tecnologias, alimentos, produtos de higiene, procedimentos, etc.). Ao final, elas são convidadas a imaginar uma biografia ou história de existência dessas coisas e as pessoas que as fizeram existir, enquanto ativam suas memórias e imagens mentais. Também são convidadas a inventar uma possível utilidade para os dados da somatória.
Ligação Perdida- Experiência Audiodramática
Vinicius Alves e Cíntia Badaró
2022
METAVERSO || METAVERSE
Enquanto a atriz Malu Cervantes volta da casa de seus pais no interior, seu carro sofre uma pane na estrada. É neste ponto que o espectador começa a definir os caminhos da história da nossa protagonista. Coloque seus fones de ouvido e sinta-se na pele de Malu através de áudio 3D em primeira pessoa, definindo seus passos entre 34 caminhos possíveis, com 11 finais diferentes. Texto inspirado livremente no conto “Só vim telefonar” de Gabriel García Marquez e em histórias reais de diversos hospitais psiquiátricos, acontecidas em meados do século XX.